Uma vez o ser humano (e não o colunista d´O Povo, o publicitário, o redator, o produtor musical, o crítico de cinema ou o poeta) Daniel Herculano achou que os sonhos eram palpáveis.
Acreditou na cristalização das forças, na amizade verdadeira, na vontade de trabalhar em conjunto. Pensou em somar, em ajudar, em construir a verdade.
Mas infelizmente descobriu que nada disso existe. Não somente descobriu como aprendeu (mais uma vez) com sua boa vontade. E não somente entendeu como compreendeu da pior maneira possível, com a exclusão.
Compreendeu assim que não existe o nós e sim eu. Que não adianta ter amizade ou ser amigo, mas sim ser profissional. Sejamos profissionais então. Não adianta amar, e sim ganhar. Ganharemos, claro! Em suma, que não adianta ter alma, e sim ser escroto mesmo. Sejamos escrotos, ora!
Compartilhar pra quê se pode ser apenas para si? Se eu tenho, porque dividiria com você? Dissimular, esconder, maquiar, esse é o jogo. E que pena que é um jogo e não é vida, onde se joga e não se vive. E se é medido pelo que se tem no momento, e não pelo que se é ou representa, isso é apenas o normal.
Eu não queria jogar, mas infelizmente me ensinaram que se eu não jogar, quem vai perder sempre sou eu. Pra quê ser humano mesmo? Ser humano ou SER HUMANO? E a maior resposta deveria estar batendo no seu peito, na sua mente, na sua alma… Mas será que isso tudo ainda existe?
Pois eu nem sei jogar e nem tenho tempo de aprender. Sinceramente, vou devagarzinho. Um dia chego em algum lugar. E se não chegar, também não tem problema, afinal segui devagar e fui vendo a paisagem…
Beijos
Me identifiquei tanto com teu texto, Dani. Me lembrou uma situação ruim pela qual passei.. enfim.
Tudo isso ainda existe sim… dentro de você. E só.
Um beijo grande, meu amigo fofo.